
Se Donald Trump vencer a eleição, é provável que o Brasil sinta impactos principalmente devido ao retorno de uma política externa mais protecionista e focada nos interesses dos EUA. Trump tende a manter ou intensificar barreiras comerciais, como as que foram implementadas durante sua primeira gestão na guerra comercial com a China. Isso pode impactar indiretamente a economia brasileira, especialmente se afetar o comércio global e a demanda chinesa, que é um grande parceiro do Brasil. Além disso, políticas voltadas para o fortalecimento da indústria americana podem reduzir as oportunidades de exportação para empresas brasileiras, especialmente nos setores de manufatura e commodities.
No caso de Kamala Harris, que poderia adotar políticas mais alinhadas com a administração Biden, o impacto poderia ser mais voltado para questões de sustentabilidade e direitos humanos. Isso poderia significar maior pressão por políticas ambientais no Brasil, especialmente no que diz respeito ao desmatamento e à preservação da Amazônia, temas de grande preocupação internacional. Essa pressão poderia influenciar investimentos e acordos comerciais, já que os EUA poderiam incentivar mais responsabilidade ambiental e social em suas parcerias. Além disso, a continuidade de uma política mais amigável ao comércio internacional poderia abrir portas para maior cooperação e trocas comerciais com o Brasil, sem o impacto protecionista de uma administração Trump.
Ambos os cenários poderiam influenciar o dólar, a bolsa de valores e as taxas de juros no Brasil, dependendo das reações do mercado global e das políticas monetárias adotadas pelos EUA, que têm um efeito direto sobre a economia brasileira.